Victor Félix

Víctor Manuel Félix Tavares - Sons da Música

Víctor Manuel Félix Tavares (Born in 1952)

Born at Baixa da Banheira, Moita, where attended school and completed the 6 th year. His mother was born at Ribeira de Arouca, Freixo de Mizarela, a small place near Manhouce (Viseu). His father came from Póvoa, Vale de Cambra, and worked for Barreiro CUF. In his spare time he played the guitar and the harmonica and also enlivened public balls. In the evenings, the family used to meet and make music. His mother used to sing, following her husband, who was playing. At the age of 13, Victor was given his first guitar: a gift from his father. He joined the Navy when he was 17 and spent four years there, from 1969 to 1973. In 1960 started visiting some cultural associations on the south bank of the river Tagus, where Zeca Afonso often came, like “o Luso” in Barreiro, the gymnasium of Baixa da Banheira or the Academy at Alhos Vedros. The political situation of Portugal was lively debated in those places and, simultaneously, a new musical style, known as protest music, was born.

Victor Félix got married and had two children.

In 1968, he was one of the founders of pop music bands like “Albatroz”, “Oficina de Música” and “Rondo” where he played cordophones.

In 1993, he started working in a printing office and, in his spare time, made cordophones , between his 25 and 44 years of age. In the nineties he met Paulo Marinho. Victor started learning how to play the bagpipe at the Galician Centre in Lisbon. In 1998, he became a member of “Gaitafolia” band and, one year later, founder of A.P.P.E.D.G.F.. At the age of 50, Victor Félix, with the help of Paulo Marinho, started making the Galician bagpipe. In Galicia, at the Popular University of Vigo, he met Antonio Corral, an artisan of instruments, who taught him some of the techniques of bagpipe making. Between 2003 and 2005 he was the chairman of A.P.P.E.D.G.F. .
At the present time, Victor is a full time maker of pop music instruments, specially Portuguese guitars, “cavaquinhos”, mandolins, banjos, Galician and Mirandese bagpipes, Portuguese Hurdy-Gurdies and several other aerophones.
Together with Mário Estanislau, and A.P.P.E.D.G.F., a standardized Mirandese bagpipe was developed , after studying a reasonable number of 20 th century bagpipes and listening to music gatherings held on the second half of the century.
Victor still plays with “Gaitafolia”. He has participated, since 2002, in the international meeting of instrument makers at Saint Chartier, France, and has been all over the country, mainly in Beira-Baixa, where he made workshops, concerning the musical instrument called the reed.

Translation into English by Prof. Walter de Carvalho

Víctor Manuel Félix Tavares (n. 1952)

Nasceu na Baixa da Banheira, (concelho da Moita) e aí frequentou a escola até ao 6º ano. A mãe era natural de Ribeira Arouca, Freixo da Mizarela, uma aldeia próxima de Manhouce. O seu pai, natural de Póvoa, Vale de Cambra, era operário fabril da empresa Barreiro Cuf (Ex-Quimigal), e tocava viola toeira e gaita-de-beiços nos tempos livres e fazia bailes. Os serões em família eram passados a fazer música, nos quais o pai tocava e a mãe cantava. Aos treze anos o pai ofereceu-lhe a primeira viola acústica. Aos 17 anos foi para a marinha, onde permaneceu quatro anos, de 1969 a 1973. Em 1960 começou a frequentar algumas sociedades da margem sul, por onde Zeca Afonso passava com alguma frequência, como o Luso, no Barreiro, o ginásio da Baixa da Banheira, ou a Academia em Alhos Vedros , locais onde se debatia a situação política do país e se desenvolvia um género musical que ficou conhecido como “música de intervenção”.

Casou com 22 anos e teve dois filhos, passando a residir em Alhos Vedros.

Em 1968, foi um dos elementos fundadores dos “Albatroz”, “Oficina de Música” e por último “Rondó”, grupos de música popular, onde tocava sobretudo cordofones, os quais estiveram no activo entre o período de 1983 a 1990.

Em 1993 começa a trabalhar numa empresa de artes gráficas, e nos tempos livres constrói cordofones, actividade que mantém entre os 25 e 44 anos. Nos anos 90 do século XX conhece Paulo Marinho, com quem começa a aprender a tocar gaita-de-foles, no Centro Galego em Lisboa. Em 1998 torna-se membro do grupo Gaitafolia e um ano depois sócio fundador da A.P.P.E.D.G.F. Aos 50 anos inicia-se na construção de gaita-de-foles galega, em colaboração com Paulo Marinho. Visita a Galiza, nomeadamente a Universidade Popular de Vigo, onde conhece Antón Corral, construtor de instrumentos, que lhe transmite algumas das técnicas de construção do instrumento. Entre e 2003 e 2005 foi presidente da A.P.P.E.D.G.F.. Actualmente dedica-se a tempo inteiro à construção de instrumentos musicais populares, nomeadamente guitarras portuguesas, cavaquinhos, bandolins, gaitas de fole galegas e transmontanas, sanfonas e diversos instrumentos de sopro. Desenvolveu, em conjunto com Mário Estanislau e com a A.P.P.E.D.G.F., um modelo estandardizado de gaita-de-foles transmontana, a partir do estudo de modelos de gaitas de fole do século XX e da audição de recolhas efectuadas na segunda metade desse século. Continua a fazer parte do grupo Gaitafolia actualmente já extinto.

Participa desde 2002 no encontro internacional de construtores de instrumentos tradicionais em Saint Chartier e tem coodenado alguns workshops pelo país, nomeadamente na Beira Baixa, workshops sobre o instrumento musical “palheta”.

No ano de 2005 juntamente com Mário Estanislau, André Ventura, João Ventura e Tiago Pereira, formam o grupo “Roncos do Diabo”.

Comments are closed.